29 julho 2011

Soy yo

'And you might think I'm bulletproof, but I'm not.'

Ei, meu nome é Pedro. Falta um par de meses para que eu complete 2O anos daquilo que chamam vida. Esta, que eu julgo ser a mais engraçada das coisas. Sou libriano, e mesmo que tente na maioria das vezes fugir daquela parada de horóscopo diário, me identifico com a descrição de cada signo. Portanto, sou equilibrado. Ou deveria ser. Gosto de tudo ao meu redor em completa harmonia, exatamente conforme deve ser. Odeio ver brigas e, principalmente, estar no meio de alguma. Neste último caso, quando acontece, preciso ultrapassar o meu orgulho - isso é muito difícil, e na maioria das vezes toma muito tempo - para me desculpar apenas para deixar a situação como era antes. Em tranquilidade. Posso até perdoar (e aí está outra parte que leva muito para acontecer), porém jamais esqueço. Mudo de opinião muito rápido, pois indecisão é outra característica forte em mim. Não me peça nunca para escolher verde ou azul, esse ou aquele, ela ou ele. Eu não saberei responder. Talvez você apenas possa me questionar sobre doce ou salgado, pois não hesitarei em responder que é o primeiro. Vivo de açúcar, sendo que tem dias que me alimento apenas disso. Errado, eu sei. Mas são poucas coisas que eu faço completamente certo. Falando em alimentação, eu como pouco. E, quando como mais do que deveria, vou lá e gasto todas as calorias (essa palavra é minha inimiga) ou até mais. Tenho esse complexo por ter sido acima do peso durante uns dez anos, e nunca ter conseguido emagrecer. Foram muitas tentativas, e só eu - mesmo que seja clichê, só eu mesmo - sei todas as coisas que passei por causa disso. O mundo é injusto, as pessoas são injustas. Não é fácil conseguir sobreviver numa jaula a céu aberto se você não souber se defender. E fui assim durante parte de minha infância, pré e adolescência. O que julgo ser a parte mais válida de todos os confrontos-de-um-só-lutador que passei, é que ouvi muito e pouco falei. Até sabia me defender, porém preferia ficar quieto. E, não, nunca nada entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Sempre ficou dentro de mim mesmo, acumulando dia após dia. Cada situação singular possuía uma carga diferente, e por muitas horas eu pensava em desistir de tudo, pensando não ser bom o suficiente para viver nesse mundo. Pensei em me matar, assim como todo mundo já deve ter o feito alguma vez, porém nunca tentei. Apenas ia para casa após o colégio e comia muito. Eu estava bem ali comigo mesmo. E foi assim durante toda minha adolescência. Nunca saía, era apenas colégio-casa. Porém, como tudo na vida uma hora cansa, eu senti o mesmo e desejei mudar. Perdi mais de 18kg. O que eu via no espelho me agradava muito. E, não, não apenas no fato de beleza, e sim de que a imagem refletida tornava-me suficientemente corajoso para realizar tudo que jamais tinha realizado até então. E, até hoje, é inevitável reparar como as pessoas mudaram em relação a mim. Todos, incluindo parentes meus, aproximaram-se com elogios que eu jamais imaginei ouvir de suas bocas. Foi aí que eu estava preparado para o mundo, sabendo o quão falsas as pessoas podem ser. Com essa mudança, descobri como me expressar, em todos os sentidos. Senti-me no direito de abrir a boca, dar a minha opinião, e saber que havia espaço para mim, assim como há para todos. Tornei-me muito mais confiante, destemido e cheio de vontade para as novas coisas que começavam a cruzar com meu caminho.
Porém, posso lhe assegurar que muitas coisas permaneceram iguais: Eu ainda enxergo os outros do mesmo modo. E, muitas vezes, os julgo. Não que essa seja a palavra certa, pois é apenas o meu ponto de vista sobre cada um. Gosto de olhar as pessoas de longe e reparar os seus trejeitos, manias e olhares distantes para outrém. Nessas horas fico quieto, e acho que ninguém no mundo poderia me entender. Exatamente como as vezes que olho para o céu imaginando que muito, muito longe, alguém o vê exatamente da mesma maneira. E, por falar em céu, tenho que afirmar que gosto dele de um jeito diferente. Eu amo estrelas, o calor do sol contra a pele, tempestades de raios, a chuva forte, o desenho das nuvens, e fielmente acredito que existem umas dezessete luas. Fico encantado por luzes dos mais variados jeitos. Pontos de luz perdidos na noite, letreiros luminosos, correntes elétricas, explosões, lanternas, fogos de artifício, velas, luzes de natal. Tudo me deixa eufórico. E, voltando para o fato do equilíbrio em mim, gosto tanto da água quanto do fogo. Um completa o outro. Do mesmo modo como eu acho que há alguém perdido por aí que me completa. Talvez ela ainda não saiba meu nome, ou que até mesmo um dia irá me amar o bastante para ser exclusivamente minha. Mas há alguém para mim. Acredito muito nessa coisa de destino, e que tudo está escrito para cada um. É assim que tinha de ser, e pronto. Por isso talvez eu não tenha medo da morte. Tenho medo da perda, o que é diferente. A morte é inevitável, acontecerá um dia, e você nasce sabendo isso. E, como eu penso, ainda temos a possibilidade de ir para um lugar melhor. Então não há o que reclamar. Apenas temo a separação com aqueles que queremos tanto, mas sendo uma pessoa com sentimentos meio que congelados, não é tão difícil assim para mim ter que lidar com isso.
Eu gosto, na verdade, daquilo que não posso ter. E, quase sempre - odeio generalizar -, acabo tendo. E aí torna-se sem graça. A magia vai embora, apenas não quero mais. Esse é mais um defeito que tento controlar, mas acho que levará muito mais tempo do que penso. Diferente do que muita gente imagina, eu não sou rodeado de pessoas que apenas me querem bem. Há aqueles que não gostam de mim, e eu posso ver em seus olhos. Sim, infelizmente eu os conheço. É muito fácil identificar alguém que realmente gosta ou não de você. Mas é difícil identificar o porque de não gostarem. As vezes não há motivo, e as vezes a outra pessoa apenas não quer que você tenha a chance de se deixar apresentar para que ela te conheça. É a primeira opinião sobre ti que vale, ou até mesmo os comentários alheios que ela leva em conta. E, sinceramente, sobre isso eu prefiro no momento apenas deixar quieto. Cansei de tantas vezes tentar fazer com que me conheçam para que não venham a sentir uma espécie de antipatia para comigo e isso nunca deu certo, então apenas deixo pensar o que quiserem. Não digo com isso que sou um santo e que apenas me julgam errado, pois se não te veem do mesmo jeito que você quer que te vejam, é porque a mensagem que você passa para os outros não é a mesma que você tem de si, e aí já é hora de ter cuidado com as atitudes. Mas eu... Bem, eu sou alguém tão insensato para quase tudo. Infelizmente não tomo algum curto tempo para pensar no que falarei ou farei, e aí tudo já foi por água abaixo.
Ainda estou formando a minha opinião sobre segundas chances, mas se me questionassem hoje, eu responderia que ninguém merece uma. Existe um tempo, e aí então surge o erro. Esse tempo em si é para que a pessoa aprenda a não errar, e se ela mesmo assim não faz o certo, acho difícil que mudará. Levaria mais um grande tempo para que aprendesse e... Não. Prefiro desistir, assim como desisto de muitas coisas, o que não deveria fazer. Opto por buscar algo novo e não insistir no erro, pois a vida é curta para viver de novas chances.
Sou apaixonado por Taylor Swift. Ela, assim como eu, compõem suas próprias músicas, sendo que na maioria das vezes são sobre experiências que já passou. Admito que 'roubei' dela essa ideia de escrever algo para cada pessoa, pois eu gosto desse sentimento de deixar gravado - além de aqui dentro - algo sobre cada um. Atribuir a cada indivíduo algumas palavras, transformando em uma composição, um poema, um texto, um conto ou uma história que aquele alguém significa. E, sim, isso varia de como cada um interfere em minha vida. Há quem tornou-se protagonista de livros que já escrevi, há quem foi presenteado (em silêncio, é claro), com mais de meia dúzia de composições, há quem virou apenas um conto e também quem não chegou a formar uma música inteira. Talvez mais um de meus erros seja mostrar para alguns o que escrevi, sendo que deveria deixar escondido, preso aqui dentro. Já tive que lidar com situações difíceis unicamente pelas palavras que escrevi. E foi aí que percebi quanto poder cada uma delas tem. Mas eu sou assim mesmo, preciso fazer com que os outros saibam o que estou sentindo. Acho lindo quem demonstra, mostra dos mais variados jeitos o que acontece consigo. Amo compor para alguém, e saber que esse alguém me presenteará com um sorriso é o que me faz entregar as dedicatórias entrelinhas. Talvez tantas palavras juntas e a fusão de sentimentos faça com que, de novo, aquilo que eu queira dizer seja tomado de outra forma. E é nessas horas que eu penso que deveria deixar tudo em silêncio. Mas aprendi com a Swift - de novo ela - que devemos falar agora. Antes que seja tarde demais.
Tenho muitas manias que provavelmente farão você parar de ler este texto, pois julgo serem estranhas. Mas, se você quiser tentar: Eu tenho uma paixão eufórica por queijo com chocolate, somo todo e qualquer número que cruze a minha frente para ver se os mesmos resultam em 13 (minha sorte), abro alguns sorrisos quando estou na cama me preparando para dormir (o que me faz pensar que o dia seguinte será bom), dedico muito tempo para passar dentro de sebos (inclusive me encanta o cheiro de lá), sou compulsivo por escrever com caneta em meus braços, não saio de casa sem descongestionante nasal e como Diamante Negro com batata palha. Tenho poucas coleções, mas são elas: bichos de pelúcia (de preferência animais, um de cada), adesivos (uma coisa da sexta-série que não existe mais), garrafas de vidro, colares (eu transformo qualquer coisa em pingente) e miniaturas de bonecos de desenho animado. Gosto de me vestir diferente, o que me faz parecer um retardado para os olhos da maioria da população de minha cidade, porém tento não me importar. Minha autora favorita foi e sempre será Agatha Christie (taí outra coleção), mas também vario entre Stephen King, Sidney Sheldon, Martha Medeiros, Mário Quintana, Cecília Meirelles, Clarice Lispector, Fernando Sabino e Meg Cabot - amo clássicos. Filmes, quando tenho paciência, opto por terror. Acho que fui um serial killer em outra vida. Estão entre os mais assistidos: Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado, A Casa da Colina e Pânico. Mas também há aqueles momentos de comédia romântica. Não tenho (mais) paciência para desenhos animados, tanto que todo mundo me recrimina por nunca ter assistido Procurando Nemo. Assistia séries quando não tinha nada para fazer, mas hoje em dia tenho que ser (ou parecer) gente grande, e aí não sobra muito tempo. Nem paciência, de novo - coisa que eu não tenho para quase nada.
Eu não quero me casar. Odeio tradições impostas por outras gerações, pais ou igrejas. Não tenho uma religião, apenas fé. Não costumo ser muito positivo sobre as coisas, mas isto é apenas mais algo a ser mudado. Sou noturno, gosto da quietude das noites e de saber que há um monte de gente 'inoperante' nessas horas, mas também adoro quando o dia nasce. O nascer e o por do sol. Dias cinzas e chuvosos só de vez em quando, pois aquele clima de pseudo verão (nem tão quente, nem tão frio) é o que me faz bem. Fico louco no Natal, e na Páscoa eu ganho mais ovos do que deveria, pois sou chocólatra assumido. Tenho pouquíssimos amigos que poderia contar para todas as horas, mas julgo serem suficientes. Gosto de estar próximo deles, e eles sabem que quando não o faço é porque alguma coisa aconteceu. E não, não precisam fazer nada. Apenas me deixar quieto, esperar o tempo passar. Afinal, tudo gira em torno do tempo mesmo. É a única coisa com a qual eu me sinto meio escravo. Principalmente quando se fala de futuro, pois eu ainda não descobri o que serei na vida. Meu sonho, há muito, é viver da minha escrita. Infelizmente, havendo poucas chances para isso, preciso me decidir entre outras opções, e sobre elas eu ainda não tenho muita certeza.
Sempre quis ter um irmão mais novo, mas na verdade eu odeio bebês. Tanto que, se tivesse um filho, agradeceria se ele nascesse com sete anos. Os únicos animais de estimação que já tive foram peixes e tartarugas. Os meus dois peixes morreram em menos de 24h, e as quatro tartarugas que tive (a primeira eu não lembro o nome, as duas que vieram depois chamavam Chiquititas - e sim, ambas tinham apenas um nome -, e a última Beta - ela morreu queimada por mim e o meu pai a enterrou no quintal em frente da nossa antiga casa) já se foram de um jeito ou outro. Minha mãe jamais permitiu que tivéssemos um cachorro, e eu acho que algum animal assim teria me auxiliado em alguns momentos de solidão na vida, evitando que eu criasse alguns amigos imaginários que mantenho até hoje (na verdade tenho apenas um, que chama Pedro e é mais como se eu tivesse uma dupla personalidade mesmo com quem eu falo sempre). Se eu pudesse, de verdade, eu teria um pinguim. Ou um porco. São meus animais preferidos.
Brigo muito com meu pai, porém sem ele eu não seria ninguém e também não teria metade do que tenho hoje. Minha mãe ainda mantém o meu cordão umbilical dezenove anos depois, mas quanto a isso ela tem melhorado bastante. Admito que até gosto disso, pois sempre que me perco de mim mesmo, tenho o meu porto para regressar. E é na minha mãe que encontro tudo que sempre preciso, independentemente do que seja. Talvez ela nunca saiba quão verdadeiros são os meus 'eu te amo'. Tenho amigos espalhados pelo país todo, e sou realmente muito grato por ter, no último ano, conhecido uma grande parte deles. Todas as vezes que os vejo eu desejo que morassemos perto, mas não acho que tudo teria tanta graça como tem. Como disse, é assim que tem que ser. Já odiei minha cidade, alegando não ter ninguém legal por aqui, porém também no último ano fiz amizades incríveis, e é daqui que eu sinto falta todas as vezes que estou fora. Se pudesse escolher algum lugar para visitar, seria o Canadá. Tenho fixação por países sul americanos, e gosto muito de falar espanhol. Também sei inglês e estou começando com francês.
Odeio ser notado, sou muitas vezes tímido demais, continuo sendo quieto e odeio o meu nariz. Mexo muito no cabelo, tenho olhos pequenos e mordo meus lábios com frequência. Sou chato pra comida - principalmente salgada - e sei cozinhar muito bem. Sou cabeça dura, orgulhoso ao extremo, e ciumento demais. Eu penso mais do que deveria, e odeio desperdícios. Sou pão duro sem ter a quem puxar, e de vez em quando eu acho mesmo que posso mudar o mundo, apesar de olhar para os lados e não enxergar muita gente que sinta vontade do mesmo. A não ser a linda da minha mãe, que sai comigo todos os meses pra fazermos algo por crianças carentes. É nelas que eu vejo tudo de mais lindo que existe, exatamente dentro daqueles olhos quietos. Tenho por muitas vezes raiva e nojo da juventude atual, e por isso mesmo não sou tão frequentador de festas e coisas do gênero, porque isso simplesmente não é muito a minha cara. Já tive que fingir que gostava disso, quando na verdade gosto disso e daquilo. Já fui falso, pois todo mundo precisa ser alguma hora. Sorrio mil e uma vezes, e isso por tudo: timidez ou conveniência. Tenho medo de altura. Tenho rosto de 15 anos, e beijei menos bocas do que qualquer um da minha idade já o fez. Não por escolha, talvez. Realmente não sei. Amo refrigerante de laranja, porém o que curto fazer mesmo é misturar vários deles. Guaraná e Coca fica muito bom e ninguém gosta. Prefiro doce de leite à Nutella - e esta é a parte que eu acho que já falei demais de comida neste texto.
Liberdade é algo que me soa como boa apenas quando dosada. Frequentemente tenho vontade de sumir do mundo para ver quem sentiria minha falta e para também esquecer de tudo e todos por algum tempo. Vivo constantemente na procura de alguém que faça as tais faíscas voarem e meus olhos virarem estrelas, mesmo sabendo que enquanto procurar, não encontrarei. Exatamente agora, muitas das pessoas que me leem já tem na cabeça o conceito de que 'eu escrevo', e então tudo que as dou para ler já virou 'mais do mesmo'. Mas eu espero que um dia haja alguém que ultrapasse esse limite de pensamento. Eu já comecei aulas de violão, mas parei para poder trabalhar. Foi uma pena, mas ainda acho que não tenho coordenação suficiente. E minha voz não ajudaria mesmo. Sofro por antecipação, odeio gritaria mas amo uma música bem alta. Tenho mania de me achar feio, e não é para fazer drama. Eu me acho isso mesmo muitas vezes. Mas há também dias que acontece o contrário. E, falando em drama, eu faço muito disso. Propositalmente ou não. Existem momentos que eu queria de volta, mesmo eles não sendo os melhores. Fases que passaram rápido demais e que eu gostaria de expandir para provar novamente. Não gosto de resumos mesmo, quero sempre o livro inteiro. Também existem pessoas que já foram, mas que deveriam ainda estar aqui. Beijos e abraços que duraram pouco, e mesmo que repetir não seja uma boa ideia, eu faria muito para que acontecesse outra vez. Eu quero e não quero crescer. Tenho Síndrome de Peter Pan muitas vezes. Tenho aracnofobia. Curto triângulos, e tenho um tatuado no pulso. Amo sextas-feiras e os últimos meses do ano. Acho que não tenho oportunidades suficientes em relação a algumas coisas da vida. Já menti, já contei mentiras efêmeras. Meu planeta favorito é Vênus. Ando sempre com um caderno debaixo do braço e durmo com uma garrafa de água na cabeceira da cama, bem como uma luminária de lava. Calço 42, meço 1.75 (1+7+5 = 13, huh?) e peso... Ah, você não pensou que eu lhe contaria, não é mesmo?
Há uma caixa de memórias em meu quarto, bem como luzes e post-its com frases grudados na parede. No teto, estrelas de papel. Eu amo mesmo deitar e fingir que estou olhando para o céu. Na cozinha mantenho um armário cheio de chocolates, mas ele está alto o bastante para que eu tenha que pegar um banco para subir e alcançá-lo (e nesse meio tempo eu já pensei se posso/devo comer ou não). Na minha cama tem lençol térmico, e talvez você não saiba direito o que é isso. Bom, é um lençol. Térmico. Liga na tomada, esquenta, vira um sonho. Basicamente isso. E eu o ligo mesmo no verão, pois sou a pessoa mais gelada que você jamais irá encontrar - e isso em todos os sentidos. Porém também não vá pensar que eu tenho aquele coração de gelo. Apaixono-me com uma frequencia incrível, porém jamais amei. As pessoas vêm e vão, e estou naquele ponto de me acostumar com isso. Se você reparar bem, verá que toda essa minha descrição está repleta de 'talvez', e isso me define muito bem. Eu acho muito, não tenho certeza sobre nada. Talvez tudo pode mudar a qualquer hora. E olha aí essa palavra outra vez!

Hm, isso é um pouco de mim. Só achei que, nessa altura, você já deveria conhecer-me um pouco mais. Se ler isso tudo não foi tão sacrificante assim, meu muito obrigado à você. Não acho que alguém possa ter se entusiasmado com essa descrição estranha de alguém mais estranho ainda. Porém, é bom saber que há sempre alguém aí. Lendo. E, certamente, questionando-se quando os meus talvez virarão certezas. Se souber a resposta... Bem, agora você já sabe o bastante sobre mim para vir conversar comigo e contá-la para mim.


'Told you I'm not bulletproof, now you know.'

+fearless+sparkly+headstronger+

16 comentários:

  1. Não sei porque motivo eu chorei, não sei se identificação em algumas poucas partes ou admiração. Mais enfim não sei o que dizer.

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  2. Li tudo. E essa descrição é bem parecida com o que eu achava de você. Talvez isso seja bom, não?

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  3. me parece algum tipo de pegadinha, ou um espelho, ou talvez um texto que eu mesma escrevi e alguém achou nas ultimas folhas do meu caderno. Parece que estou sendo filmada, ou alguém ta rindo da minha cara nesse momento. Mas talvez eu só tenha achado alguém que conseguisse transformar características similares as minhas em algo que me encanta, e me faça querer saber mais de mim, ou talvez de você.

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  4. Adorei o texto, Adorei como você se descreve.
    Pude me identificar em algumas partes e talvez por isso gostei tanto, assim como você sou libriana e vivo cercada pela duvida. Admiro pessoas como você que possui o dom de passar pro papel o que sente, confesso invejá-las até.
    Enfim, passei só pra você ter a certeza de que há alguém aqui que leu e adorou... infelizmente não sei sua resposta, ainda estou questionando os meus talvez, mas espero que a tenha e que seja a resposta que você precise.

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  5. engoli minha vergonha. adorei seu texto, sua coragem pra se expor e sua sinceridade. adoro o jeito que você escreve, acho bastante inspirador. é isso.

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  6. Oi Pedro.
    Ler isso não foi nada sacrificante. Pelo contrário, foi enriquecedor.
    Tá lindo o texto, me emocionei com algumas partes, me identifiquei com outras e me encantei com algumas também. Só por ter a capacidade de se descrever dessa forma, tu já é muito especial.
    Gostei do que tu falaste sobre erros e segundas chances, me fez pensar.
    E sobre a questão do talvez, acho que não vou ter a resposta, mas talvez (olha ele de novo) esteja aí mesmo a graça de viver. A busca pelas certezas é o que nos motiva a seguir adiante. Quem sabe se esse texto não tivesse tantos talvez ele não teria ficado tão bonito...
    E, já que eu não te dei a resposta, vou demonstrar meu apoio: tô contigo nessa, minha vida também é marcada pela presença do talvez.
    Parabéns pelo texto.

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  7. Admiro demais pessoas como você cara...gente que escreve, escreve MESMO. Queria ser assim, mas tenho dúvida...e medo do que os outros pensariam. Sou muito disso, de me impedir pelos outros. Por isso admiro pessoas como voce...parabéns. Mesmo.

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  8. Li tudo e quase não notei o tamanho do texto. Assim como você, sou libriana - e assim como você, não acredito muito em horóscopo, mas me identifico, então nos parecemos bastante. Não tenho as mesmas manias que você, nem o mesmo gosto peculiar pra misturas de comida, e tudo bem, não cozinho bem, mas acredito em muita coisa que tu acredita, e sei que tanto os meus "talvez" quanto os seus, vão ser respondidos satisfatoriamente um dia.

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  9. Chorei com a leitura deste texto. Identifiquei-me com você em vários aspectos e em outros ficava pensando "não acredito que ele é assim", pois é.
    Posso dizer que me encantei com seu jeito de ser e que realmente espero que um dia seus "talvez" virem certezas e que você encontre tudo aquilo que procura, para assim viver plenamente. O destino não há de falhar, as coisas demoram para acontecer, mas inevitavelmente elas acontecem, só nos basta esperar, sermos pacientes, mesmo que isso seja a coisa mais difícil a ser feita.
    De qualquer forma, espero que apareçam muitos "13" na sua vida, que você tenha sorte e consiga ser feliz e transformar o mundo no que acha necessário.
    Eu realmente gostaria de poder te conhecer e te abraçar após ter lido isso, porque mesmo com um coração gelado, abraços sempre são bem vindos.
    Boa sorte, Pedro, seja feliz.

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  10. Tão igual e, ao mesmo tempo, tão diferente do restante das pessoas... Eu não sei como explicar o que senti enquanto lia esse texto. Mas, sabe... acho que senti saudades. Acho que deveria ter aproveitado mais o pouco tempo que fiquei com você. Acho que deveria ter te abraçado mais e ter te enchido de beijos na bochecha. Acho que deveria ter dito o quanto eu choro lendo o que você escreve, o quanto me identifico com algumas situações, o quanto me sinto aliviada, também, por saber que não sou a única. Ignorância e grosseria da minha parte, eu sei, mas é o que eu sinto. Queria muito - muito MESMO - controlar meus próprios sentimentos mas talvez assim a vida não teria graça. Acho que não deveria ter medido tanto as palavras por medo de não ser conveniente, até porque agora eu sei que não seria, já que o que tinha a dizer era tão inocente. Acho que chorei demais quando te dei o último abraço. E olha só as lágrimas aqui denovo! Fiéis companheiras, essas lágrimas.

    Adoro você. É.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Pedro, cara, QUE LINDO ESSE TEXTO! Tu é uma das pessoas que mais me inspira, sério. Vou ir dormir pensando em muita coisa da minha vida por causa da tua...Continuarei te acompanhando e espero que um dia poderei comprar um livro teu na minha livraria preferida! Beijosss.

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  13. em algumas partes pareceu que eu tinha escrito. bizarro? sim, demais.

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  14. ler isso me da vontade de escrever tudo certinho assim como voce, somos iguais eu acho, tirando a parte da aracnofobia.

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  15. Sempre quis te conhecer melhor e, sei que te faria muito, mas muito feliz. Um pena que você me deu abertura apenas uma vez, quando você tinha 16 anos e era apenas um garotinho e não sabia o que queria da vida. Agora, que já um homem feito, infelizmente eu admito que perdi as chances de te conhecer melhor e te fazer bem por completo, pois você já colocou na cabeça que é areia demais pro caminhãozinho de muita gente...

    Nunca chegamos a nos conhecer pessoalmente. Mas, farei de tudo pra dia 17 estar no Ordováz e comprar seu livro.
    Quem sabe você saiba quem eu sou. Uma pena que eu nem sei como dizer o quanto eu te acho um gurizinho lindo.. ;)

    D.

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  16. Sabe, Pedro... Vc poderia facilmente ser meu filho! Aliás, eu tenho um filho Pedro (um ano mais velho que vc)e uma filha de 1 anos, chamada Sofia. Estes dois seres de luz são a minha obra prima! Escrevi, neste ano, meu primeiro livro... Pois é... Parece que consigo ser mais "talvez" do que vc (rs)... Levei 48 anos para ter coragem de me arriscar a ir atrás das editoras. Comecei a busca a menos de um mês; e, obviamente ainda não obtive resposta nenhuma. Sempre amei escrever, sempre fui uma pessoa mais complexa do que sou capaz de compreender. O seu relato é delicioso de ler... Fiquei emocionada em muitos momentos. Desejo uma infinidade de coisas lindas pra vc... O mundo precisa de pessoas iluminadas, diferentes, intensas...! Um beijo grande! Ana Maria Macarini

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