05 julho 2011

Missão abortada

O dia nasce enquanto morro
Frio intenso, nada a me aquecer
Fotografias estrategica e mentalmente tiradas
Para agora recordar você

Vestes pesadas em um corpo leviano
Foi a nicotina que em mim ficou impregnada
Busco teu cheiro em um passado recente
Mas sei que de ti não restou mais nada

Pensamento viaja mais do que viajei
Longo estranho caminho que eu percorri
Mudança de planos, missão abortada
Tudo novo de novo quando te vi sorrir

Faíscas circularam ao redor de ti
Observei perplexo sem tentar disfarçar
Palavras fugiram ao ver que um coração
Rapidamente voltava a funcionar

Mas há sempre empecilhos envolvendo o amor
Nada que eu já não tenha visto antes
Peito arde em silêncio cada vez que relembra
Que a outra parte de mim encontra-se distante

Um comentário:

  1. Oi Pedro,
    Uma feliz coincidência me fez ver o endereço desse blog na tua bio do Twitter hoje e, ainda antes de ir dormir, dei uma passada aqui. Posso dizer: valeu a pena.
    Não consegui ler muitos textos, mas só pelos últimos posts dá pra ter uma ideia do teu talento. Esse poema aqui está simplesmente incrível, lindo.
    Admiro muito a tua iniciativa em escrever um livro (não um só, pois pelo que eu li tem mais uns a caminho), e pretendo me dedicar à leitura desse primeiro.
    Como todo bom aspirante a escritor e metido a blogueiro, eu gosto de visitar blogs e sempre incentivo quem escreve bem a continuar escrevendo. Pode ter certeza que nós (e eu sei que não sou o único que se sente tocado pelo que tu escreve) estamos ansiosos pra saber quais são as tuas próximas palavras.
    Um abraço, parabéns e obrigado por aquecer a minha noite gelada com os teus escritos.

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