24 julho 2010

Menina da Consolação

Mergulho no mel de teus olhos sem saber
A vida doce e pacífica que teria longe daqui
Talvez fosse difícil olhar ao lado e não encontrar você
Sabendo que tudo é sonho, e da fantasia preciso partir

Intocável, puramente admirável
Encontrei um amontoado de sorrisos depois que viestes a mim
Questionável, simplesmente tão amável
Que até o mais duro dos corações luta para resistir

És tão pequena e já és tão mulher
Cores nos lábios e sapatos nas alturas
Com asas percorro caminhos, vou até onde estiver
De nada vale a vida se não cometemos loucuras

Te farei dançar quando a música estiver ausente
E na escuridão livrar-te-ei do mal
Caso precises, saiba que estarei sempre presente
Minha doce e eterna princesa de cristal

Desconheço teus gostos, não fui apresentado aos teus sabores
Oh frágil menina da Consolação
Procuro forças se precisar tirar-te alguns temores
Porque aqui já bate forte um apaixonado coração


21 julho 2010

Sinopse: Você Pode Guardar um Segredo?

Não havia nada de errado acontecendo no Condado de Greenpack até Christine reed começar a receber aquelas fotografias. Sempre enviadas em envelopes de cor laranja, a laboratorista passa a perceber que as imagens de um fotógrafo misterioso estão falando com ela por meio de enigmas que a jovem conhece muito bem. Tendo o seu passado trazido para os dias atuais - um acidente de três anos antes que até então estava mantido em segredo -, ela vê-se presa em um jogo que não tem previsão para acabar, apenas tendo sido iniciado por opção dela mesma. Envolta em segredos muito bem ocultos, Reed cai na armadilha criada e passa a jogar sem cartas na manga quando vê que os seus amigos mais próximos foram adicionados como peças de um tabuleiro psicologicamente esgotante. Para entender a razão pela qual o seu segredo está em jogo, ela precisará descobrir quem se encontra por trás de tudo isso antes que o seu perseguidor anônimo cruze a linha de chegada.

Revisite os seus medos e encontre os suspeitos antes que eles encontrem você.

Primeiro capítulo

Eu passei o dia a procurar o sol.
Porém, parecia impossível. O cenário era perfeito: A cidadezinha isolada, o frio que congelava cada movimento, a chuva torrencial, e por fim nós dois.
Estava apreensivo, e ao mesmo tempo eufórico. Seria tudo ou nada. Perfeito ou decepcionante. Era como jogar uma moeda para o alto e esperar que o lado correto caisse virado para cima. E foi o que aconteceu. Tive, sem nem precisar pensar duas vezes, o melhor de todos os dias. Intenso, memorável, escrito sem falhas. Lembro de faltar-me o ar quando você tomou ele todo de mim. Fui lá e roubei-o de volta. Quem você pensa que é para roubar o meu coração desse jeito?
Os teus olhos guardavam o que eu tanto havia procurado, e o teu sorriso me levava até lugares desconhecidos. Agora está tudo ainda aqui comigo, e manterei na memória até que possamos começar um novo capítulo. Espero que o nosso livro seja longo e repetitivo, pois disso eu não reclamarei. Não espero um final feliz, pois não quero chegar ao fim se nele você não estiver. Quero permanecer aqui, congelado no tempo, de preferência em teus braços.
E eu demorei algum tempo para dar-me conta (talvez estivesse ocupado demais, perdido no teu peito), mas facilmente percebi que o sol sempre esteve escondido no teu olhar.

19 julho 2010

Sinopse 'O Menino Debaixo da Minha Cama'

Sophie é uma adolescente de dezesseis anos comum, diferentemente de seus problemas. A garota de cidade pequena que mora em uma terrível casa que fora pintada de roxo não tem mais motivos para viver: A irmã está grávida do namorado motoqueiro, o bebê que a mãe tivera durante o segundo casamento a faz acordar todas as noites, o seu padrasto é um bêbado sem grande futuro e o irmão caçula... Bem, ele é o caçula. Brincando de viver arrastando passos, a sua vida porém ganha um novo sentido ao conhecer Jonas, um introspectivo garoto que ela encontra em um parque abandonado perto de casa. Imersa em tantos novos segredos, perguntas sem respostas e, claro, no perigoso amor, descobre que o garoto é, na verdade, um pequeno fugitivo. Encontrando nele um motivo para acreditar na vida, ela arrisca o inesperado ao escondê-lo debaixo de sua cama.

18 julho 2010

Há somente uma coisa que eu não entendo...

Dentre tudo que aconteceu entre nós, há somente uma coisa que eu não consigo compreender.
Foi lindo no começo, apreensivo e ridículo. Meus olhos presos aos teus, mesmo que isso não tenha ficado realmente claro. As mãos que tremiam, demonstrando todo o medo que vinha de dentro de mim.
E aí foi mágico. Ao seu lado, mesmo que com outros mais, mas ao seu lado. A nossa conversa tímida na primeira vez que ficamos sozinhos, e o som vindo de você que não pude escutar. Não dormi naquela noite, pois estava muito ocupado pensando em seu sorriso.
O dia seguinte foi mais calmo. Eu sabia que estava disposto a fazer aquilo. Provar um pouco de você, transformar aquilo novo em 'nós'. Podes ler esse pedaço de confissão agora e perguntar se é para ti. Não tenha dúvida. Eu precisei desse espaço para dizer o que senti, pois nunca tivemos uma conversa séria. Você nunca me explicou o que éramos, o que fomos... Se é que fomos.
Depois daquele segundo dia, dali para frente, pensei que todas as nossas promessas e desejos de anteriormente iriam se concretizar. Tu pode lembrar ainda? De tudo que sonhamos... Tudo que nunca virou realidade. Tudo que ainda espero. Tudo que você não quis enxergar. Tudo que era simplesmente um pouco de nada.
E há somente uma coisa que eu não entendo... Por que você nunca me amou?

17 julho 2010

Fragmento

Este pedaço de pele morta
Que um dia você tocou
Seus dedos encaixaram-se perfeitamente
Em minha palidez
Este pedaço de pele morta
Que sofre com sua ausência
Sufocando-se em ilusões
De uma volta inesperada
Este pedaço de pele morta
Por onde o sangue não mais corre
E as veias fazem curvas dispersas
Para percorrer o que de vida ainda há em mim

14 julho 2010

Um

Pessoas trazem sorrisos estampados nas faces ao meu redor, e eu sou o único a não fazer o mesmo. Pares de mãos dadas vagam em volta, mas eu sou o único a andar somente com minha própria alma. Há conversas paralelas, risos desconfortáveis, e eu sou o único a permanecer em silêncio. Enquanto caminho entre a multidão, desespero-me ao perceber que estou por conta própria. Eu sou o único que desconhece as reais funções do coração.

13 julho 2010

Meu Querer

Eu queria sentir
Algo além da dor
Voltar a sorrir
Re-conhecer o amor

Eu queria sonhar
Mais uma vez
Contigo voar
E o medo vencer

Eu queria tudo
Eu queria o nada
Sei que ali no futuro
O meu desejo se cala

11 julho 2010

A escuridão chama

Por mais que doa, recuso fechar os olhos. Estes, que imploram por descanço. No momento em que cheguei, a verdade é que o meu ser é quem pede por piedade. Não sei por mais quanto tempo ficarei a auto mutilar-me, porém irei até o fim.
A escuridão chama, e esse é o meu medo. Fechar os olhos. Se o fizer, sei que será para sempre. Tenho medo de fechar os olhos e parar de sentir, pois a dor é tudo que me restou, e ela - no fim de tudo -, ainda é um sentimento.
Tenho medo de fechar os olhos e encontrar você.

10 julho 2010

Adeus

Nós sabemos que é proibido
E isso só nos faz continuar
Você diz que sim no primeiro instante
E no tardar põe-se a culpar

Eu faço o que tenho vontade
Por ímpeto, sem pensar
Cansei de importar-me com o que acontecerá
Mesmo se o meu coração no fim quebrar

Então eu vou embora
Só largue o meu braço por favor
Não olhe em meus olhos tristes
Sedentos pelo que eu chamaria de amor

Raiva do teu beijo que me impede
De tomar o caminho certo
Ódio das tuas mãos que me abraçam
Quando o teu corpo ao meu chega perto

Escuto a tua voz que me envolve
E que arranca-me lentamente o ar
Nós sabemos que é proibido
E isso só nos faz continuar


07 julho 2010

Inexistência incontestável

A fantasia que a sua mente criou sempre foi fraca para que pudesse ser vencida pela verdade a qualquer momento. Como sempre, a sua visão embaçada o proibiu de enxergar além. O dia em que a sua vida volta a ser como sempre foi é o pior, pois nela não há aquele certo motivo que faz o seu sangue pulsar. E, nessa oportunidade, você descobre que a perfeição sempre esteve mascarada com tudo o que você sempre repugnou.
Agora, por mais vazio e quebradiço que você esteja, você pode afirmar que não vale a pena insistir no que nunca existiu.

Sincronismo

Eu te amo ao mesmo tempo que consigo te odiar. Eu sigo os seus passos ao mesmo tempo que desejo deixar de assim fazê-lo. Eu beijo os seus lábios ao mesmo tempo que me beijas, com intenções diferentes. Eu olho nos seus olhos ao mesmo tempo que me olhas, mas a profundidade em meu olhar supera a sua. Nossas mãos encaixam-se perfeitamente ao mesmo tempo, porém sei que no fundo você quer logo se ver livre. Eu respiro ao mesmo tempo que você, porém com frequências diferentes. Isso porque aqui dentro eu tenho um coração que bate com rapidez, acelerado pelo sentimento mais estúpido que insisto em cultivar.
Amar você ao mesmo tempo que não sou correspondido é a nossa maior falta de sincronia.

A existência de minha inexistência

Meu olhar petrificado no nada demonstra que já deixei de observar com proeficência o que acontece em volta de meu corpo inútil. As estrelas logo ali, iluminando com dificuldade o pano negro que costumam chamar de céu, presenciam que respiro menos do que deveria. As possibilidades costumavam me cercar, porém agora elas não passam de fantasias criadas pela minha mente, simplesmente inexecutadas. A destruição que devastou toda aquela parte de mim que costumava saber o que 'sentir' significa foi tão grande que fez com que o sangue perdesse velocidade. Corpo é apenas a carcaça encarregada de ainda cuidar da minha alma. Talvez isso seja apenas o começo da morte.
O som das árvores dançando suavemente, embaladas pelo vento. Os meus punhos cerrados, tentando demonstrar o que eu ousaria chamar de força, porém isso obviamente já não me é mais permitido. Se eu ainda pudesse descrever o vazio, diria que ele é o lugar mais doloroso em que você pode estar. Não há ar, é sufocante. Angustiante, traumatizante. Meu tranquilizante.

05 julho 2010

Descanse em paz

Eu quero que você morra. Quero que deixes de respirar. Desejo sinceramente que os seus olhos encontrem a escuridão. Rezo frequentemente para que não sintas mais o gosto amargo da vida.
Todos os dias venho pedindo piedosamente para que os seus movimentos cessem e fiques petrificada como estátua.
Eu quero que você morra para que consigas ficar ao meu lado, pois o seu amor - ou a falta dele - já matou-me há muito tempo.