29 maio 2011

Tempo

Tempo que invento
Tempo que deixo
Tempo que tento
Não pensar em você

Tempo que mato
Tempo em pedaços
Tempo em que acato
Jamais vou lhe ter

Tempo que finjo
Tempo é perigo
Tempo inimigo
Só faz-me perceber

Tempo que muda
Tempo coração pula
Tempo de ajuda
Sem ele não sei sobreviver

Tempo que espero
Tempo que quero
Tempo que levo
Pra te esquecer

Persistência

Eu queria me mostrar um pouco mais forte. Sabe, permanecer em silêncio e apenas observar a situação toda de fora. Não intervir em teus pensamentos, não perguntar como foi o seu dia e não sentir essa ridícula vontade que sinto a todo momento de querer falar com você. Tento evitar as vezes, não vou negar, porém de nada adianta ausentar-me em presença quando os meus sentimentos continuam aqui. Sinceros, persistentes, irrevogáveis.
Eu queria não te amar mesmo.

23 maio 2011

Trio

Proibiram-me de querer-te
Passei um ou dois dias a não pensar
Eu não sei bem o que tu pretende
Já eu, sei que quero sempre lhe amar

Não digo que me silenciaram
Nada forçado ou palavras bruscas
Foi ver-te naqueles beijos que no ontem ficaram
Porém sei que a tua boca ainda a procura

À noite quando deito penso em você
Olhos abertos te encontro, fechados também
E então chega tardiamente o amanhecer
Para lembrar-me que não tenho ninguém

Explica-me como posso assim gostar
De alguém que mal acabei de conhecer
Porém desejo falar, anseio em te tocar
E quem sabe um dia te ter

Não gostaria de ser o terceiro elemento
Soa errado, vezes até perigoso
Mas muito é o tempo em que tento
Fingir não gostar deste nosso secreto jogo

Por fim deixo aqui minha trágica confissão
Cheguei tarde outra vez, apenas consigo não estás
Vejo que carregas sorrisos e traz em tuas mãos
Um coração que bate por alguém mais

19 maio 2011

DOWNLOAD: Meu livro

Deixem-me saber o que acharam da obra quando terminarem de ler. Obrigado pelo interesse.
Para ler a sinopse, clique aqui.








OBS: Livro já registrado pela Biblioteca Nacional. Qualquer caso de plágio ou cópia parcial estão sujeitas a processo.

18 maio 2011

Ringue

Vai. Vai e não volta. Não para mim.
Mascara-te, por favor. É o que peço para que eu nunca volte a cruzar com o teu rosto que costumava habitar o meus sonhos - antes doces.
E estas ruas sórdidas insistem em distribuir o teu cheiro gratuitamente. Ainda.
Mas eu lhe imploro, apenas ouça-me: Vá!
Parta sem um adeus. Não suportaria ouvir tua voz o dizendo mesmo.
Mas antes quero que saibas que sou um grande lutador. Pois desde sempre te quis. E lutei.
Até você saber quem eu era. Até você me esquecer.
E o meu pedido repentino não foi devido a troca. Não foi ao que você impôs.
Apenas não quero fazer parte deste ringue imerso em desejo onde sei de antemão que o perdedor sou eu.
Então estou aqui. Para lhe mostrar que desisto.
Por mais que doa. Por mais que eu não queira.
Mas eu lhe peço. Uma última vez. Vá!
Saia de meus dias assim como entrou. Abrupta, silenciosamente. Sem questionamentos.
Cesse os sorrisos, pois cessarei junto deles a minha pulsação.
Não que eu apenas viva por você. De você. É só que...
Bem, eu lhe amo. E o ar deste lutador que jamais venceria qualquer coisa está impregnado de ti. Do teu perfume.
Tudo que respiro é você. Tu te tornastes nada mais que meu ar.
E se partires daqui como lhe peço desesperadamente para ir. Nada me sobrará.
Nem você.
Nem o ringue.
Nem o ar.
Caio ao chão. Rendo-me em frustração silenciada. Aplauda meu interior devastado.
Batalha encerrada.

15 maio 2011

O Menino Debaixo da Minha Cama



"Tentei recorrer a Deus uma última vez. Antes de pedir qualquer coisa, eu avisei-o de minhas condições. Eis o meu diálogo com Ele:

‘Escute-me com atenção, Senhor. Sempre me disseram para acreditar em você, pois se não um tal cara chamado Diabo apareceria e me levaria para algum lugar muito escuro e cheio de fogo. O problema agora é que eu não me importo tanto assim com o fogo, e sei muito bem sobreviver no escuro. Eu sei que já tivemos outras conversas antes, mas agora o assunto é sério. Faça-me acreditar em você. [...]'

Deus estava avisado."

Sophie é uma adolescente de dezesseis anos comum, diferentemente de seus problemas. A garota de cidade pequena que mora em uma terrível casa que fora pintada de roxo não tem mais motivos para viver: A irmã está grávida do namorado motoqueiro, o bebê que a mãe tivera durante o segundo casamento a faz acordar todas as noites, o seu padrasto é um bêbado sem grande futuro e o irmão caçula... Bem, ele é o caçula. Brincando de viver arrastando passos, a sua vida porém ganha um novo sentido ao conhecer Jonas, um introspectivo garoto que ela encontra em um parque abandonado perto de casa. Imersa em tantos novos segredos, perguntas sem respostas e, claro, no perigoso amor, descobre que o garoto é, na verdade, um pequeno fugitivo. Encontrando nele um motivo para acreditar na vida, ela arrisca o inesperado ao escondê-lo debaixo de sua cama.





*todos os direitos reservados, livro já registrado pela biblioteca nacional. plágios passivos de processo
*disponibilizado em partes