28 julho 2011

Baila bailarina

Retrato de ti. Colado na parede.
Passei dias mirando o que imaginava ser inesquecível.
Duvidei de minha própria capacidade de te arrancar do peito.
Porém o fiz.
E ainda acordo. Todos os dias. Sem ti.
Não digo que é o mesmo.
Falta uma parte, um pedaço perdido. Parede vazia.
Mas é melhor assim. Não desejar o mudo. O calado. O frio. O instável.
Não desejar você.
As sombras continuam ali. Lembrando de um passado recente.
Quando haviam dias que eu saltava. Sem ter aonde cair.
Tu pulavas do mesmo jeito, mas com quedas sabias perfeitamente lidar.
E levantava de novo.
Rindo. Girando. Dançando.
Que belo espetáculo preparastes para mim.
Passos marcados, público em êxtase. Mas cadê o bis?
Sair decepcionado assim... Hm, grande pena.
Jamais voltar para assistir tudo uma outra vez... Bem.
Eu espero que entenda.

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