05 julho 2011

Eu

Sou um garoto simples. Defino-me assim.
Escrevo versos confusos para mentes terciárias, reúno palavras em outra língua para demonstrar todos os meus sentimentos - bons ou ruins - sobre alguém, e aí coloco ritmo em minhas rimas que ficarão guardadas para todo o sempre.
Ouço talvez as mesmas bandas que você, mas certamente não do mesmo jeito. A maneira com que capturo cada estrofe nos diferencia, pois isso vai de cada um.
Danço no escuro de qualquer aposento fechado para esconder-me dos outros e ao mesmo tempo deixar livre a minha felicidade. Grito, rebelando-me entre lágrimas que insistem em não sair, ficando presas dentro de mim.
Assisto aos outros como se fizessem parte de um programa de televisão, no qual eu sou o jurado. Não que eu dê notas à eles, é apenas uma questão de eu gostar ou não do que estou vendo. Cada um tem o seu gosto particular, e o meu é tão difícil em agradar.
Sou louco o suficiente para pensar que o mundo gira em torno de mim, mas não o suficiente para amar-me o mínimo necesário para que alguém venha a fazer o mesmo.
E talvez esse seja o meu maior problema.

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