05 julho 2011

Um minuto

A cena é basicamente esta: Um pequeno ponto de luz azul-vivo que pisca incesante logo ali; o céu sem cor acima de mim - repleto de pontos luminosos anunciando um dia alegre, diferente de mim; o vento gelado que corta minha garganta em diversas partes; os prédios ao redor que parecem querer tombar, curvando-se por cima de meu corpo estático. Os sons ao meu redor são diferentes, e até mesmo os movimentos repetitivos me irritam. Tudo tornou-se cansativo, e eu danço conforme a luz azul pisca frenéticamente. Quero fugir de tudo, fugir de todos, fugir do mundo. Seria uma rápida fuga, uma escapada da realidade, uma viagem curta porém sem volta. Mesmo a noite sendo anestesia, é insuficiente. Fecho os olhos, porém ainda sei o que há detrás da escuridão.

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