27 julho 2011

Dor quieta

Bem-vinda novamente, agonizante solidão
O que trouxe para mim desta vez?
Um punhado de lágrimas em ambas as mãos
São tudo que posso entregar à você

Meu grito está preso aqui dentro
Posso apagar as luzes e não mais ver?
Sussurro tão baixo, quase em silêncio
De olhos fechados eu posso entender

Nada bom é estar sozinho nesta multidão
Rodeado de olhares com puro interesse
Talvez eu devesse um sim, ao contrário do não
Despertaria já tendo passado alguns meses

Mas não é simples assim que tudo acontece
Tenho que viver para estar lá no fim
Mas todas as vezes que o problema aparece
Não pensei que doeria tanto assim

Então volte outra dia, agonizante solidão
Quem sabe eu tenha tornado-me um sujeito forte
E o sofrimento calado não tenha sido em vão
Porém para isso preciso de um pouco de sorte

Um comentário:

  1. Não há nada mais a acrescentar nos meus antigos comentários: você é ótimo no que faz. Adoro seus textos e espero ansiosa por mais um livro seu.

    ResponderExcluir