10 julho 2011

7º Dia

Perguntaram-me quem foi que morreu
Desta vez não respondi 'meu coração'
Porque tu sabes, agora ele é teu
Prometa-me cuidar muito bem então

Não que você o queira para sempre vigiar
Não que eu ache que isto é por muito tempo
A eternidade é onde contigo eu quero mergulhar
Porém é impenetrável todas as vezes em que tento

Mas ainda consigo com um pouco de esforço ver
Uma pequena esperança para isso prosseguir
Há uma ínfima faísca que posso acender
Em silêncio impedindo você de partir

E ontem foi um dia deveras difícil
Foi no meio da multidão que teu perfume recordei
Sentimentos explodiram feito fogos de artifício
No rosto meu sorriso bobo igual ao que te dei

Então por que você não pode perceber
Tu és tudo que agora quero para mim
Desejo toda noite, em cada amanhecer
Meus braços ecoam o vazio desde que me despedi

Peço diariamente para que ouçam minha prece
Esta que pede para que tu continues sempre sorrindo
Mesmo que este pecador, culpado por amar-te em demasia
Esteja sussurrando com um interior partido

Saibas que não posso dizer ao amor que espere
Mesmo alegando que não, um dia ele pode vir a acabar
Minha outra metade que está perto de Porto Alegre
Após isto escrever, pus-me como um tolo a chorar

2 comentários:

  1. Nossa, que lindo isso, também chorei

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  2. Oi Pedro,
    Mais um... sensacional. Carregado de sentimento, lindo demais. Me arrepiei.
    Tudo se encaixa: as rimas, os versos e a emoção que foi expressa. Dá pra ver que tem muita verdade nessas palavras.

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