13 maio 2012

Turista


Descobri que teu mar tem água doce
Quisera eu que meu ele fosse
Velejaria cômodo sem direção

Tua praia é descanso para minh'alma
Sombra e vento passivo que me acalma
Cais seguro para minha embarcação

Por vezes me queimas como água-viva
Mas balanço em tuas ondas feito gelatina
Quem disse que amar não é sinônimo de levitação?

Repouso no silêncio dessa tua orla
Sorrio no sol poente, e sorrateiro o peito desdobra
Para que caiba aqui tamanha excitação

Durante a lua minguante de noite tão fria
Maré arrebenta e judia da praia vazia
Sou turista teu até mesmo na escuridão

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