O barulho irritante daquele velho ventilador de teto era o único som do quarto que jamais conhecera iluminação artificial. Passava das onze quando tive a certeza de que meus pensamentos não passavam de caos. As imagens das escolhas a serem tomadas eram pintadas de tons suaves no teto diante de mim. E eu ali, deitado naquela vasta cama de colchão de molas duras, imaginando o que deveria ser feito. O que era impossível de se concretizar, pois eu jamais chegaria a uma decisão. Morrer ou continuar vivendo, no fim os dois eram absolutamente iguais. Respirar tornara-se tão sufocante quanto perder o ar caso a minha vida também viesse a ser perdida. Literalmente, eu digo, pois em metáfora isso já era uma verdade absoluta.
Aquela cama de incertezas servia-me de caixão.
Aquela cama de incertezas servia-me de caixão.
Palmas pra você, lindo.
ResponderExcluirAdorei seu texto, muito legal! Parabéns (:
ResponderExcluirBelo escritor hein !!! Pretende seguir carreira nisso ???
ResponderExcluirSempre me fascina com sua beleza e suas belas palavras *_*
ResponderExcluirAss.:BoyBoy
Ah, as incertezas...
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