23 janeiro 2013

Barco de papel

Dobradura deu a forma
Do papel surgiu um barco
Resistente,
Nem foi preciso cola
Primeiro que não amasso

E quase nada
Nele depositei
Quiçá uma vírgula de esperança bem ali,
no convés
Esperei o vento, e aí
o larguei
Destino é aquele onde o cais estiver

Eis que foi lento
Navegando
Meu barquinho que pensava ser um navio
Mas que pena,
também foi-se enganando
O que imaginava ser mar
Na verdade era rio

Quisera eu tê-lo prendido a um carretel
Porque, no fim,
porto algum encontrou
Afogaram-se as esperanças, e
o meu barco de papel
No silêncio de um pôr do sol naufragou

Um comentário:

  1. aquele momento em que dizer que uma coisa está incrível parece não ser suficiente

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