Este é mais um daqueles dias em que você se sente reduzido ao nada. E o cenário à sua volta... Tudo parece coagir na mesma sintonia. O céu encontra-se acinzentado; as gotas descoordenadas de chuva dão o tom que é exatamente o mesmo ao de sua melancolia; e o sol, por sua vez, enconde-se para não testemunhar tamanha decepção. E este dia rotineiro acaba por comparar-se com uma estação de rádio abandonada, onde não há um locutor principal para animar-te e dizer-lhe em entrelinhas o que fazer. As músicas são as de sempre, é uma lista de reprodução repetida, automática. E, inevitavelmente, todas elas te fazem lembrar da dor. E esta última, diferentemente de todas as outras vezes, não está escondida, mascarada. Está sobressaliente, escancarada no teu peito aberto e imune. Todos podem ver teu sofrimento. Nem todos podem te ajudar. As engrenagens que movem o relógio maior - que insiste em permanecer estagnado - tardam a girar. A lentidão envolve-te por completo, e logo ali tudo passa incrivelmente devagar. É sufocante, exagerado, e o frio é capaz de exercer o que você mais gostaria: consumir-te. Mas você não deseja que fosse ele a fazer isso. Você sabe por quem gostaria de ser consumido, completo, coberto de fagulhas possíveis de provocar uma grande explosão. Afinal, é sempre sobre alguém. Precisar de outra alma pura ao lado de ti. E no fim deste meu pensamento efêmero, pergunto-me: Por que necessitamos de atenção absoluta? Por que isso insiste em piorar? Por que viver constantemente dias como este?
Como suposto, eu não sei.
Como suposto, eu não sei.
Parabéns, Pedro. Ficou realmente do caralho! :D
ResponderExcluirmelhorando a cada dia......
ResponderExcluirMuito lindo o blog, textos muito bons!
ResponderExcluirpostei no meu recomendo .
http://sonhospracompartilhar.blogspot.com/
Seguindo..
Às vezes acho que vivemos no mesmo lugar.
ResponderExcluirPreeeeeeciso de um post seu DDDDD:
ResponderExcluirEstou nesses dias , é uma rotina em que o proprio ser humano si colocou. ameei
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