21 julho 2010

Primeiro capítulo

Eu passei o dia a procurar o sol.
Porém, parecia impossível. O cenário era perfeito: A cidadezinha isolada, o frio que congelava cada movimento, a chuva torrencial, e por fim nós dois.
Estava apreensivo, e ao mesmo tempo eufórico. Seria tudo ou nada. Perfeito ou decepcionante. Era como jogar uma moeda para o alto e esperar que o lado correto caisse virado para cima. E foi o que aconteceu. Tive, sem nem precisar pensar duas vezes, o melhor de todos os dias. Intenso, memorável, escrito sem falhas. Lembro de faltar-me o ar quando você tomou ele todo de mim. Fui lá e roubei-o de volta. Quem você pensa que é para roubar o meu coração desse jeito?
Os teus olhos guardavam o que eu tanto havia procurado, e o teu sorriso me levava até lugares desconhecidos. Agora está tudo ainda aqui comigo, e manterei na memória até que possamos começar um novo capítulo. Espero que o nosso livro seja longo e repetitivo, pois disso eu não reclamarei. Não espero um final feliz, pois não quero chegar ao fim se nele você não estiver. Quero permanecer aqui, congelado no tempo, de preferência em teus braços.
E eu demorei algum tempo para dar-me conta (talvez estivesse ocupado demais, perdido no teu peito), mas facilmente percebi que o sol sempre esteve escondido no teu olhar.

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