25 outubro 2011

Jamais meu

E é a cada pôr do sol que imagino o teu sorriso logo ali, gritando por meu nome. Corro contra o vento quente de verão, mas te escondes com tanta facilidade. Passo então a observar cada sombra, procurando vestígios de teu esconderijo. Sigo pistas que só fazem parte de meu subconsciente e, quando por um minuto o sol se vai, fico ali sem saber o que fazer. Brinco com as folhas secas, pulo no ritmo de uma nostalgia nunca vivenciada. Abraço teu abraço que não vêm, mas que do mesmo modo eu sinto. Beijo a invisibilidade que sempre foi uma característica nossa. O sorriso em meu rosto demonstra tudo que tu és para mim. Assim essencial, desse mesmo jeito, sem mudar nada. Aos poucos vou lhe conhecendo a partir de troca nenhuma, sustentado apenas pela minha vontade inexplicável de querer tomar para mim tudo aquilo que diz respeito à você. Não para tirar-lhe o que te faz feliz, e sim para que venhas até mim procurar motivos para continuar sendo quem és. Isso. Tudo isso. Tudo tão... Jamais meu.

Um comentário:

  1. Parabéns, sensacional e queria ser o teu alguém para poder te dar meu abraço =)
    G.

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